A migração do impresso para o digital

Desde a criação dos tablets, a mídia impressa tenta fazer a migração para a mídia digital. A mudança do papel para o meio digital já ocorreu há muito tempo, mas ainda é muito difícil fazer com que as revistas e jornais abandonem o formato tradicional. Talvez o maior desafio seja convencer os clientes que estão acostumados a segurar o jornal e a revista a não irem mais na banca e sim comprarem pelo tablet.

 

Logo após o lançamento do iPad, diversas publicações apostaram em fazer revistas multimídias, ou seja, revistas que tinham o mesmo conteúdo das impressas, mas com uma diagramação própria, com vídeos, interatividades, mudança de visualização conforme a orientação do dispositivo, e outros recursos que só puderam ser pensados após o advento dos tablets. Mas parece que ninguém foi ouvir os clientes, pois eles não queriam pagar por isso, ainda mais para ter uns “videozinhos” e outras tranqueiras. Com essa decisão, agora as editoras tinham dois gastos, fazer a revista para a forma tradicional e ainda fazer a revista interativa.

 

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Na contramão deste pensamento, a Amazon com o Kindle apostou em apenas adaptar a leitura para tablets permitindo coisas simples como controlar o tamanho da letra. Hoje vemos que a simplificação foi a chave do sucesso. Os clientes não queriam pagar mais para ter as revistas multimídias e assim quase todas elas morreram.

 

Nessa semana um grande jornal do sul do país, a Zero Hora, anunciou sua versão tablet e parece que acertou trazendo exatamente a versão impressa para ser “folheada” em tablets. Parece simples, mas ela não gasta fazendo uma segunda versão e seus clientes já estão acostumados. E sim, ela colocou interatividade, é possível ver vídeos, ouvir áudios e ver galeria de fotos. Mas tudo isso com a diagramação normal do jornal! Acreditamos que ela está no caminho certo! Simplicidade com um toque de novas tecnologias.

 

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O grande desafio dessas empresas é fazer os leitores fiéis migrarem da mídia impressa para a digital: clientes geralmente mais velhos que ainda estão entrando, ou nem entrariam, no mundo mobile para ler o jornal. Ai nós pensamos “O que levaria o meu avó a largar o jornal impresso e ler ele em um tablet?”

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