Startup é uma palavra cada vez mais corriqueira no cenário atual de empreendedorismo. Mesmo assim, ainda existe confusão quanto ao real significado do termo. Para que uma empresa seja de fato considerada uma, ela precisa ter um modelo de negócio ainda pouco explorado, ou seja, estar no patamar de desenvolvimento conjuntamente com o de conhecimento de mercado. Isso quer dizer que a a empresa possui alto risco de investimento, mas consequentemente alto potencial de crescimento.

O empreendedorismo no Brasil tem crescido constantemente, muito por causa do aumento da formalização do mercado de trabalho e da criação do regime do Super Simples. Isso fez com que atualmente 1 em cada 3 brasileiros possua sua própria empresa. Esse fato tem agitado o mercado de startups no país, colocando o Brasil entre os 5 países com mais empresas desse tipo no mundo.

Mesmo assim, ainda estamos muito atrás de outros países nos quesitos de investimentos e rentabilidade. Mais de 3 quartos das startups que valem mais de US$ 1 bilhão estão concentradas nos Estados Unidos, sendo a Uber a mais valiosa de todas. Os setores preferidos dos investimentos nessa área são os de desenvolvimento de softwares, saúde e comunicação. O Brasil investe hoje 1,2% do PIB em Pesquisa & Desenvolvimento (de acordo com o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas), estando em 12º no mundo. Em primeiro lugar figura Israel, com 4,5%. Isso fez com que o pequeno país do Oriente Médio esteja em segundo lugar no número de companhias com ações nas bolsa de valores da Nasdaq.

Um fator positivo é o crescimento de programas no Brasil que fomentam o encontro de empresários empreendedores com investidores anjos – que são pessoas físicas dispostas a aplicar recursos próprios em startups. Investimentos desse tipo giram em torno de R$ 500 mil, e normalmente são realizados por grupos de até 5 investidores. Nos Estados Unidos, esse tipo de investimento foi crucial para empresas como Google e Facebook, por exemplo.